É uma metáfora dura, mas real: cortar um dedo para salvar a mão. Em muitos debates ideológicos, esta lógica perde-se.

A recente notícia sobre a quase inexistência de casos na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), relacionados com o recurso ao outsourcing após despedimentos demonstra algo fundamental: mais do que uma ameaça, o outsourcing pode ser uma solução em momentos de maior fragilidade empresarial.
Aquilo que os dados da ACT nos dizem é que as empresas portuguesas têm sido extremamente responsáveis na forma como recorrem ao outsourcing. Isso é evidenciado pelo facto de em menos de dez ocasiões terem sido reportadas situações merecedoras de investigação. Naturalmente, caberá ao Governo averiguar sobre se o fim do impedimento da terciarização de serviços nos primeiros 12 meses após o despedimento levará, ou não, ao aumento deste tipo de prática. Apesar disso, importa abordar a utilidade que o outsourcing pode ter, em determinadas circunstâncias, para as empresas portuguesas.
Quando uma empresa enfrenta dificuldades financeiras, há duas opções: reduzir operações e arriscar fechar portas, ou procurar novos modelos de gestão que tragam eficiência e controlo de custos. É aqui que o outsourcing surge como instrumento vital: um parceiro que permite manter negócios a funcionar, com equipas dimensionadas à realidade, defendendo empregos que, de outra forma, estariam perdidos.
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