
Embora o debate deva ser permanente e constantemente atualizado, o Dia Mundial do Turismo é sempre uma boa ocasião para refletirmos sobre o caminho que queremos seguir enquanto país que se tornou numa referência turística.
Embora Portugal tenha pontos de grande atração turística em todo o território, Lisboa e Porto são, hoje, destinos de enorme projeção internacional que continuam a somar recordes de visitantes. Este crescimento trouxe uma notoriedade e um dinamismo económico que alavancam o crescimento e desenvolvimento destas cidades. Mas trouxe também desafios que não podemos ignorar, como a massificação da oferta ou uma desajustada pressão sobre o espaço e equipamentos urbanos.
A perda de autenticidade em alguns lugares emblemáticos é também uma consequência que não pode ser desvalorizada. Quem percorre os bairros históricos do Porto ou de Lisboa percebe rapidamente os sinais da massificação: ruas sobrelotadas, comércio tradicional substituído por lojas direcionadas para turismo e habitação a preços cada vez mais inacessíveis que retira dos bairros os habitantes que lhes dão atração. Estes fenómenos são o reflexo de um crescimento acelerado que, se por um lado trouxe oportunidades, por outro, gerou transformações que levantam questões sobre o equilíbrio entre os visitantes e as comunidades locais.
Diversificar a oferta, valorizar territórios menos conhecidos e distribuir os fluxos turísticos, são passos fundamentais para garantir que o setor continua a gerar riqueza sem comprometer a qualidade de vida de quem reside nos destinos mais procurados.
É por isso que falar de turismo sustentável se tornou numa necessidade premente.
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