Tradição e inovação podem rimar, mas quando se trata de mudança e evolução, equilibrar ambos os caminhos revela-se um desafio para as marcas. Se, por um lado, uma marca procura manter-se fiel aos princípios que a levaram a desenvolver uma estratégia que a guie e que defina a sua comunicação, por outro lado, não pode ser totalmente inerte às tendências e forças do mercado que provocam alterações na forma como as marcas se comportam.
Neste cenário de transformação constante, será que as marcas conseguem equilibrar tradição e inovação sem perderem a sua essência? A confiança continua a ser um dos atributos mais valorizados numa marca porque está diretamente relacionada com expetativas. Se estamos à espera que uma marca se comporte de uma certa forma perante determinada situação e a sua intenção for fazer algo a que não nos habituou em experiências passadas, deixa de haver previsibilidade acerca do comportamento da marca, a confiança é colocada em causa e é aí que começa o conflito.
É comum vermos marcas cederem à pressão das redes sociais, o que nos leva muitas vezes a observar ações como a remoção de publicações ou a emissão de pedidos de desculpa públicos. Embora tais decisões possam demonstrar empatia e abertura às críticas da comunidade, podem também ter o efeito secundário de transmitir falta de firmeza por parte das marcas em assumir decisões e manterem-se fiéis ao seu plano e aos resultados de determinada escolha. Essa ‹zona cinzenta› da coerência levanta debates importantes sobre questões como os limites do humor, a decisão de não voltar atrás como ato de coragem ou o poder das marcas e da autenticidade da sua comunicação.
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