Ana Pignatelli, coordenadora de Hotelaria do Clan, entrevista hoje Susana Marcos, F&B Manager do Hotel Eurostars Universal.

A Ambitur tem uma nova rubrica com o Clan, empresa com mais de 30 anos de experiência no setor dos Recursos Humanos. O Clan irá partilhar, ao longo deste ano, uma série de entrevistas a profissionais da hotelaria. Ana Pignatelli, coordenadora de Hotelaria do Clan, entrevista hoje Susana Marcos, F&B Manager do Hotel Eurostars Universal.
Quais são os principais desafios operacionais enfrentados diariamente na gestão do setor de Alimentos e Bebidas num hotel?
A gestão diária do setor de Alimentos e Bebidas num hotel é um verdadeiro exercício de equilíbrio e adaptação constante. Cada dia traz os seus próprios desafios, mas há questões que são constantes, como o controlo rigoroso de stock, a padronização da qualidade dos serviços, a organização das equipas e, claro, a garantia de uma experiência consistente e positiva para todos os hóspedes, independentemente do volume de procura ou da sazonalidade.
Uma das maiores dificuldades que enfrentamos, hoje, em Portugal, e creio que em toda a hotelaria, é a escassez de profissionais qualificados. Esta realidade impacta diretamente a operação: em equipas reduzidas cada ausência pesa e é necessário fazer ajustes rápidos sem comprometer o serviço. Manter a motivação da equipa torna-se ainda mais crucial nestas condições.
Além disso, o tempo de resposta — seja no restaurante, no bar ou no room service — tem de ser rápido, sem que se perca qualidade. Isso só é possível com processos bem definidos, formação contínua e, muitas vezes, com alguma criatividade para contornar limitações. No fundo, o nosso objetivo é garantir que, mesmo com os desafios do dia-a-dia, a experiência do hóspede se mantém de excelência, nunca sentindo o “peso” dessas dificuldades.
A gestão de funcionários em F&B envolve lidar com escalas complexas e alta rotatividade. Como lidam com a organização dos horários de trabalho e a motivação da equipa?
Gerir equipas em F&B é, sem dúvida, um dos maiores desafios da operação. As escalas são complexas, dadas as exigências de horários irregulares, os picos de trabalho aos fins-de-semana e feriados, e a necessidade de garantir que múltiplos serviços funcionam em simultâneo. Tudo isto exige um planeamento muito preciso, mas que seja, ao mesmo tempo, flexível o suficiente para acomodar os inevitáveis imprevistos.
Neste momento, a grande dificuldade está em conseguir manter equipas completas e estáveis. A alta rotatividade no setor é uma realidade constante, e por isso, tentamos, dentro do possível, adaptar os horários às necessidades individuais, promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e envolver os colaboradores nos objetivos do departamento.
A motivação passa, sobretudo, pelo reconhecimento, por dar voz às pessoas e por criar oportunidades de crescimento dentro da estrutura. Acredito que, hoje em dia, mais do que benefícios financeiros, os profissionais procuram sentir que fazem parte de algo maior e que o seu trabalho tem um impacto real. Quando conseguimos cultivar esse ambiente, mesmo com todas as exigências inerentes ao setor, a retenção acontece de forma mais natural.
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